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Tuesday, March 26, 2013

kyuss - blues for the red sun [1992]

Segundo álbum do Kyuss, 14 faixas. Com pouco de sucesso comercial, mas tido como ícone do stoner metal e influência pra várias bandas. Gosto de ouvi-lo inteiro, mas destaco as seguintes faixas:

3. Green Machine - Talvez a mais conhecida. Tem um solo de baixo de Nick Oliveri. No clipe quem aparece tocando é Scott Reeder, que entrou depois da saída de Oliveri e gravou os dois próximos, e últimos, álbuns do Kyuss. 

8. Freedom Run - Música de Josh Homme. Letra de Brant Bjork e Josh Homme. A parceria entre os dois é algo marcante no álbum, mas Josh é quem assina a maioria das composições.

12, Allen's Wrench - Uma das minhas favoritas. Quando cheguei ao show da banda no Carioca Club, em São Paulo, estava tocando essa música. Praticamente final do show. 

Nick Oliveri - baixista - só compôs a faixa 13, Mondo Generator. 
John Garcia - vocalista - provavelmente não compôs nada. A maioria das letras é de Josh e Brant - guitarra e bateria.

Monday, November 19, 2012

brendan o' brien. a legend!

o cara ao lado é brendan o' brien. hoje com 52 anos e já pode ser considerado uma lenda. além de músico, é produtor, engenheiro de som e mixou vários álbuns de bandas dos anos 90. é personagem de mais uma daquelas histórias que fulano sai de sua cidade natal e vai tentar a vida em los angeles. tem um currículo extenso. trabalhou com várias bandas, muitas mesmo. mas vou selecionar algumas. sente só. 
1991 - blood sugar sex magik (red hot chili peppers)
foi engenheiro de som, mixou e ainda tocou mellotron e marimba em algumas faixas. a banda ganhou o mundo com esse álbum e se projetou como um dos maiores sucessos dos anos 90. conheci chili peppers com a música give it away, através da trilha sonora internacional da novela perigosas peruas, que passou na globo em 92.
1992 - core (stone temple pilots)
foi produtor. na minha opinião, a banda melhorou muito depois desse álbum. mas é inegável que é bem produzido. plush ainda é a música mais conhecida da banda, e está nessa pérola dos anos 90. 
1993 - get a grip (aerosmith)
o décimo primeiro álbum da banda (!). álbum recheado com várias músicas cujos video clips bombaram na mtv na década de 90. um clássico! brendan mixou esse sucesso comercial. 
1993 - vs. (pearl jam)
e olha aqui o brendan produzindo e mixando novamente um grande álbum. meus caros, é pearl jam. é lindo! do começo ao fim. 
1994 - superunknown (soundgarden)
depois de badmotorfinger eu me pergunto: como os caras lançam um álbum desse porte? é incrível! difícil dizer qual o meu preferido. aqui quem mixou foi brendan o' brien.
1994 - purple (stone temple pilots)
brendan foi engenheiro de som, produziu e mixou. você conhece esse álbum? um dos melhores produzidos nos anos 90. sério! eu já escrevi sobre ele aqui. [link] pode clicar que abre em outra janela. 
1994 - vitalogy (pearl jam)
mais um onde brendan foi tudo: engenheiro de som, produtor, fez a mixagem e ainda tocou órgão na better man. é, pois é. aqui o pearl jam começou a trilhar um caminho que levou a banda a se consagrar como uma grande lenda da música, e não só dos anos 90. ainda ativos. minha banda favorita!


você acha que acabou? ainda tem muito mais. eu fico com a preguiça e você com as imagens. dê uma olhada. brendan tocou, virou ouro.

isso porque selecionei. porque tem muito, muito mais!

Wednesday, November 07, 2012

how I choose to feel is how I am

ahuacat na língua nativa (de povos antigos ali da américa central), aguacate  em espanhol, e na nossa língua, abacate. não tenha medo, dá pra fazer muita coisa com essa beldade. ponha de lado seus preconceitos, o seu jeito de ver os alimentos (seja lá o que você entende como alimento) e desfrute da criatividade. nunca é tarde pra começar a explorar as possibilidades da vida, em qualquer área. nós, seres urbanóides, mal sabemos da onde provém aquilo que comemos. e viveremos uma vida inteira assim, se deixarmos. o sistema dita o que é colocado na nossa mesa. e você se conforma. a vida não é só arroz, feijão, bife, batata frita e aquela mísera folhinha de alface e algumas rodelas de tomate. até o corte dos legumes é sempre o mesmo. que entediante. existe um vasto mundo de alimentos a serem explorados. mãos à faca!
o abacate é uma fruta neutra, facilmente combinada com quase tudo. eu sou do clube dos cinestésicos. tenho que fazer pra aprender. insistia em fazer saladas de frutas colocando, por exemplo, banana e maçã - entre outras frutas - na mesma salada. não me sentia confortável, algo havia ali. cheguei até a pegar uma certa aversão à maçã. depois descobri no mundo dos livros e da internet que frutas cítricas (maçã) não combinam com frutas doces (banana). eu gosto desse empirismo. sou assim com a bike e quase tudo. o abacate possui um dos mais elevados teores de proteínas e vitamina A dentre as frutas (é o que diz a wikipédia). além disso, possui quantidades úteis de ferro, magnésio e vitaminas C, E e B6. se for dos curiosos, dê uma olhadinha na importância desses elementos pro corpo.

falando em abacate, gosta de guacamole? pegue aqui uma versão natureba desse prato.

olha o abacate aí na capa do oitavo álbum de estúdio do pearl jam, de 2006. esse álbum tem várias músicas legais. se você é daqueles que parou no ten, não sabe o que está perdendo. tem uma das minhas músicas favoritas da banda, a faixa inside job. essa música tem uma letra linda e esse trecho: how I choose to feel is how I am.

Monday, September 17, 2012

soundgarden

kim thayil, matt cameron, chris cornell e ben sheperd. de 1984 essa banda. olha aí, se não conhece os álbuns antes do clássico badmotorfinger, não sabe o que está perdendo. avisei, hein?

discografia:
1988 - ultramega ok
1989 - louder than love
1991 - badmotorfinger
1994 - superunknown
1996 - down on the upside

e dizem as más línguas que em novembro de 2012 vão lançar o sexto álbum: king animals. ansioso! 

Thursday, April 19, 2012

excel - discografia

1987 - split image
1989 - the joke's on you
1995 - seeking refugee

somente três álbuns. já escrevi sobre eles aqui. o primeiro álbum é de 1983, mesmo ano do primeiro álbum do suicidal tendencies. as duas bandas são do mesmo lugar: venice, califórnia. excel tem os mesmos elementos de thrash e hardcore que o suicidal. vale a pena ouvir se você curte a pegada. eu curto muito. o guitarrista do excel é adam siegel, que também tocou no infectious grooves. 


Wednesday, April 18, 2012

suicidal tendencies - discografia


1983 - suicidal tendencies
1987 - join the army
1988 - how will i laugh tomorrow if i can't even smile today
1990 - lights... camera... revolution!
1992 - the art of rebellion
1994 - suicidal for life
1999 - freedumb
2000 - free your soul and save my mind

além desses álbuns de estúdio, tem várias compilações com músicas inéditas e regravações de músicas.

beware he's possessed to skate

desenho do shape do skate do clipe possessed to skate do suicidal tendencies. fuçando em outras coisas acabei achando isso. dá pra ver bem esse desenho no trecho onde o moleque está tentando estudar e o skate está em cima da mesa. encontrei a imagem no sk8supply.com .

Tuesday, April 17, 2012

suicidal tendencies na virada cultural 2012

fucei e fucei, mas não consegui encontrar uma foto da banda inteira da formação do primeiro álbum do suicidal tendencies. então peguei essa foto emprestada do blog suicidal maniac. de boa, quer saber tudo sobre os caras, dê uma fuçada lá. da esquerda pra direita: louiche mayorga (baixo), grant estes (guitarra), amery smith (bateria) e mike muir (vocal). esses são os responsáveis por um dos discos mais inovadores da época. o álbum, de mesmo nome da banda, foi lançado em 1983. estavam ali criando um estilo, um gênero. começou ali o skate punk. lembro que tive um aluno que andava de skate e pra minha surpresa ele não conhecia suicidal tendencies. eu gravei tudo dos caras pra ele. o moleque ficou bagunçado. não parava de ouvir. não é pra menos, tem tudo a ver. através do suicidal tendencies conheci muita coisa de skate, mesmo não andando. o suicidal é conhecido por revelar vários músicos fudidos. quem ouve, sabe. a guitarra de grant estes agradava tanto os fãs de metal como os de hardcore. quando conheci a banda, no início dos anos 90, a formação já tinha mudado algumas vezes. mas eu cresci ouvindo esses caras, mesmo não sendo minha banda preferida. e hoje em dia escuto e prefiro infectious grooves. mas isso não diminui em nada o quanto será demais ver suicidal tendencies ali na avenida são joão, na virada cultural 2012. tô no aquecimento!

Wednesday, April 11, 2012

pull my strings and the disruption of music awards show

mais uma daquelas histórias do rock. no dia 25 de março de 1980, ano do lançamento do primeiro álbum fresh fruit for rotting vegetables, os dead kennedys foram convidados pra tocar no bay area music awards, organizado por grandes gravadoras da época. eles tocariam somente uma música, o hit california uber alles, mas numa atitude subversiva e até perversa, jello biafra, logo nos primeiros acordes diz: hold it! we've gotta prove that we're adults now. we're not a punk rock band, we're a new wave band. nesse momento puxam suas gravatas, que estavam viradas pra trás, pra formar o símbolo do dólar sobre a letra s pintada em suas camisas (conforme mostrado na foto acima). começam assim a tocar a música pull my strings, que só foi sair na compilação give me convenience or give me death, de 87. nem é necessário dizer que nunca mais foram convidados pra tocar nesse festival. o vídeo ao vivo dessa música e a letra estão logo abaixo. divirta-se. 



pull my strings - lyrics

I'm tired of self respect
I can't afford a car
I wanna be a prefab superstar 

I wanna be a tool
Don't need no soul
Wanna make big money
Playing rock and roll 

I'll make my music boring
I'll play my music slow
I ain't no artist, I'm a business man
No ideas of my own 

I won't offend 
Or rock the boat
Just sex and drugs
And rock and roll 

Drool, drool, drool, drool, drool, drool
My Payola!
Drool, drool, drool, drool, drool, drool
My Payola! 

You'll pay ten bucks to see me
On a fifteen foot high stage
Fatass bouncers kick the shit
Out of kids who try to dance 

If my friends say
I've lost my guts
I'll laugh and say 
That's rock and roll 

But there's just one problem

[Chorus]
Is my cock big enough
Is my brain small enough
For you to make me a star
Give me a toot, I'll sell you my soul
Pull my strings and I'll go far 

And when I'm rich
And meet Bob Hope
We'll shoot some golf
And shoot some dope 

Is my cock big enough?
Is my brain small enough?
[Repeat chorus, etc. etc.]

Tuesday, March 27, 2012

jello biafra

eric reed boucher, mais conhecido como jello biafra. nascido em 1958. foi somente a voz do dead kennedys. sempre curti, mas foi algo que fui aprendendo a apreciar com o tempo. uma das bandas mais importantes do movimento punk e os pais do que hoje chamamos de hardcore. no último sábado, dia 24, jello biafra e sua banda the guantanamo school of medicine se apresentaram no beco 203, na augusta. a casa nem estava tão cheia como imaginei que estaria. fiquei ali, do lado esquerdo, quase sentado no palco. eu, enio e monica. tenta imaginar esse cara ao vivo. aos seus 54 anos stage diving na galera. agora imagina eu ouvindo clássicos como california uber alles, holiday in cambodia e too drunk to fuck. catarse coletiva!

Wednesday, March 21, 2012

jello biafra and the guantanamo school of medicine [discografia]

the audacity of hype (2009)
selo: alternative tentacles
jello biafra (vocals), ralph spight (guitars), jon weiss (drums), billy gould (bass), kimo ball (guitars).

1. the terror of tinytown
2. clean as a thistle
3. new feudalism
4. panic land
5. electronic plantation
6. three strikes
7. strength thru shopping
8. pets eat their master
9. i won't give up

enhanced methods of questioning (2011)
selo: alternative tentacles

1. dot com monte carlo
2. the cells that will not die
3. victory stinks
4. invastion of the mind snatchers
5. miracle penis highway
6. metamorphosis exploration on deviation street jam

Monday, March 19, 2012

the art of modern rock - the poster explosion

opa. não precisa esperar aniversário, eu aceito esse livro como presente em qualquer data. já tinha publicado uma postagem sobre flyers de shows de rock. é só dar uma navegada nos tags artwork ou silk na sessão por aqui, aqui do lado direito do blog. o livro contem nada mais nada menos que 1600 posters de mais de 200 artistas e estúdios. além da história do movimento silk screen. é a história do rock através de flyers. um must pra quem curte a parada.

the art of modern rock - the poster explosion
paul grushkin & dennis king

Thursday, March 15, 2012

mom, i think i saw a penis!

"o bater de asas de uma borboleta em tóquio pode provocar um furacão em nova iorque" (teoria do caos) 

essa guria da foto é janet burston. morreu aos 63 anos devido a um câncer. janet ficou conhecida porque participou da série de curtas our gang, que foi produzida entre os anos 20 e 40. sua estréia na série foi cantando a canção de ninar tippi tippi tin. aí você pergunta: tá, e aí? terá que continuar lendo. mas antes tenho que te falar da próxima guria. essa da foto abaixo.
olha quem está aqui! tipper gore. segunda dama (isso quer dizer que ela foi esposa de um vice-presidente) entre 1993 e 2001. sim, tipper gore foi esposa de al gore. foram casados por 40 anos. se separaram há pouco tempo, você deve lembrar. mas antes que eu entre em outros devaneios e perca a linha de pensamento, tipper não é seu nome. seu nome é mary elizabeth. tipper é um apelidinho por causa da canção de ninar tippi tippi tin. isso, aquela que falei lá em cima, cantada por janet burston no episódio all about hash, da série de curtas our gang. que gracinha! e no seu baile de formatura conheceu al gore. e começaram a namorar imediatamente. assim como mostram os filmes americanos. não é perfeito? mas antes que você peça um lenço, eu ainda preciso te falar que ela foi a co-fundadora da PMRC (the parents music resource center), o grupo responsável por colocar aqueles avisos que vão em capas de LPs e CDs, alertando os pais sobre o conteúdo inapropriado da obra. aqueles que dizem: parental advisory explicit content. ah, antes que eu me esqueça: quando jovem, tipper teve uma banda só de meninas chamada wildcats. isn't that cute?

vamos dar um pulo agora. voltemos no tempo, em meados de 1985. faça um exercício. você é uma garotinha adolescente e está numa loja de discos em los angeles. aí você vê esse álbum:
os fãs de dead kennedys o conhecem bem. esse é o álbum frankenchrist, o terceiro deles. tem clássicos como jock-o-rama e MTV get off the air. você gosta do gênero punk/hardcore e resolve levá-lo pra casa. chegando em casa, você obviamente vai abri-lo. (deu até saudades desses tempos. de adquirir um álbum e não ver a hora de chegar em casa pra escutar). eis que o inesperado acontece:
OH MY GOODNESS! sua mãe fica chocada e resolve acionar o PMRC, que por sua vez, acusa criminalmente a banda, o selo independente alternative tentacles e todos os outros envolvidos por distribuição de conteúdo prejudicial para menores. durante esse período a polícia chegou até a invadir a casa do vocalista jello biafra pra fazer uma busca. o álbum foi banido de várias lojas ao redor do país mas o julgamento acabou  absolvendo os acusados. depois do término da banda, jello biafra levou o caso ao programa the oprah winfrey show para discutir a questão de letras de músicas controversas e censura. quem estava lá? sim, tipper gore. e é isso que eu quero te mostrar. por último, mas não menos importante, o poster obsceno é do artista surrealista h.r. ginger e é intitulado: work 219: landscape xx, mais conhecido como penis landscape e é de 1973.

Wednesday, March 14, 2012

why did you do that to me!?

omfg! era só falar tchau, até a próxima. mas a monica veio com essa: você tá sabendo que vai ter show do jello biafra? inferno! depois de ter ouvido os dois álbuns de sua atual banda: jello biafra and the guantanamo school of medicine, assim, exaustivamente, não posso esperar pra começar a ouvir esses três álbuns de uma de suas várias outras bandas: lard. já estão todos baixados. sempre dou aquela aloprada básica nos meus alunos que dizem não conseguir dormir na véspera de uma excursão de escola ou coisa do tipo. sim, estou me sentindo exatamente assim. 

lard - the power of lard (1989)
lard - the last temptation of reid (1990)
lard - pure chewing satisfaction (1997)

Tuesday, March 13, 2012

jello biafra and the guantanamo school of medicine - the audacity of hype [2009]

the audacity of hype é uma paródia com o nome do livro que barack obama lançou em 2006: the audacity of hope. acho dead kennedy's muito foda e jello biafra um baita de um frontman. numa conversa com amigos fiquei sabendo que ele estará fazendo show aqui em sampa no próxima dia 24 de março com sua banda jello biafra and the guantanamo school of medicine. esse álbum é de 2009 e contou com billy gould do faith no more no baixo. ano passado lançaram o segundo: enhanced methods of questioning. eu já tô fazendo um esquenta.

track listing: 1. the terror of tinytown / 2. clean as a thistle / 3. new feudalism / 4. panic land / 5. electronic plantation / 6. three strikes / 7. strength thru shopping / 8. pets eat their master / 9. i won´t give up

jello biafra and the guantanamo school of medicine
24 de março de 2012 - sábado às 19h
local: beco 203 sp (rua augusta, 609)
segundo lote: 80 pilas

Sunday, January 29, 2012

burnt out surfin' and skatin' motherfuckers

pra quem curte um bom rock californiano do final dos anos 80 e se liga nessas paradas de grafite e skate. se você gosta do gênero thrash punk metal, vai pirar nesses caras. excel foi formado em 83 e tinha na guitarra o maluco adam siegel que em 90 gravou o primeiro álbum do infectious grooves: the plague that makes your booty move... it's infectious grooves. viva a internet!
lindo grafite no mais clássico wild style.

Friday, December 16, 2011

waiting like a stalking viper... [tool - undertow - 1993]

undertow é o primeiro álbum de estúdio do tool. lançado em '93 quando o grunge estava no seu clímax, esse álbum veio mostrar que o metal estava bem vivo e pode ser inteligente, intenso e poético. tool foi a descoberta dos últimos anos pra mim. esse álbum, por exemplo, só fui ouvir pela primeira vez em '07. onde ele estava esse tempo todo? o quarteto californiano conta com o polêmico maynard james keenan nos vocais, adam jones na guitarra, paul d'amour (substituído por justin chancellor) no baixo e o talentoso e agora cinquentão danny carey na bateria. poucos sabem, mas esse álbum foi muito influente pro rock californiano do início dos anos 90. quando lançado, abriu a porta pra muitas outras bandas e mostrou que a coisa não era só o grunge de seattle. pode ser considerado um dos álbuns mais polêmicos do tool. são 10 faixas de arranjos complexos, letras sedutoras, conteúdo provocativo. coisa de gente doida mesmo. arte!
o conteúdo do encarte fez com o álbum fosse removido de lojas como kmart e wal-mart. a banda reagiu lançando um outra versão mostrando um grande código de barra.
em algumas versões do álbum, quando a capinha preta que segura o cd é removida, tem uma imagem de uma vaca lambendo o que parece ser sua região genital. é óbvio que esse tipo de coisa seria censurada na cultura americana conservadora. em alguns outros países onde o álbum foi lançado a imagem aparece sem problemas na parte transparente de trás da capinha do cd. a imagem do porco acima também é mostrada em algumas versões. o porco, chamado moe, é do guitarrista adam jones, que é o responsável pela arte do cd. clique na imagem para ver melhor.

undertow track listing:
1. intolerance 
2. prison sex
3. sober
4. bottom (com participação de henry rollins)
5. crawl away
6. swamp song
7. undertow
8. 4º 
9. flood
10. disgustipated


outras postagens sobre o tool é só procurar pelo tag tool ao lado.

Tuesday, December 13, 2011

baú: cobain em cana

estou tirando várias coisas do baú. achei essa reportagem também, da mesma revista bizz de 93. aí vai.

Kurt Cobain pegou algumas horas de cana por dar uns tabefes em sua adorável (#not) esposa, Courtney Love. A barra dele ainda ficou mais suja porque a polícia de Seattle encontrou três armas e uma grande quantidade de munição em sua casa. Courtney defendeu o marido, dizendo que as marcas em seu braço e pescoço teriam sido provocados pelas cordas de sua guitarra. "Kurt e eu raramente brigamos. Ninguém poderia encontrar melhor marido. Ele é um verdadeiro feminista", declarou para a NME, dando um exemplo do modo com o qual as mulheres devem se portar nessa situação. Enquanto isso continua o bafafá sobre o novo disco do grupo. O produtor e rei do mau-humor Steve Albini diz que "a Geffen e os empresários da banda odiaram o disco, não acredito que ele venha a ser lançado." Cobain negou a boataria em carta à Newsweek, dizendo "temos controle total sobre nossa música". A Geffen confirma o lançamento do já polêmico álbum para o dia 18 de setembro. Deve se chamar In Utero.

aproveita que você chegou até aqui e leia:


I'm very ape and very nice... [Nirvana - In Utero - 1993]

Friday, December 09, 2011

baú: lollapalooza '93

mais uma do baú. uma revista bizz da época que a moeda ainda era CR$. essa edição fala sobre o lollapalooza de 93, quando o lolla ainda era um travelling festival por terras norte-americanas. na época dois palcos - main stage e side stage. no segundo, várias bandas desconhecidas (pelo menos pra mim) que nem vou citar. o tool (umas das minhas bandas favoritas) foi uma delas. já no main stage o lineup foi o seguinte e nessa ordem: rage against the machine, babes in toyland, front 242, arrested development, fishbone, dinosaur jr., alice in chains e primus. a matéria é longa e o moço da revista que foi até chicago conferir o festival traçou várias comparações com o do ano anterior, o de 92. também ensaiou uma resposta à pergunta "o big business devorou o submundo, ou o underground que virou um grande negócio?", mas não conseguiu responder. enfim, vou reproduzir aqui um trecho que ele comenta sobre as bandas e suas performances e você fica com um pouco de história desse festival que começou em 91.

Por André Barcinski.

o primeiro a subir no palco foi rage against the machine. São quatro caras de los angeles, metidos a ativistas políticos. nada contra, é de se admirar pessoas que levam política a sério. o problema é quando tentam dar lição de moral, como se todas as pessoas que não estão nem aí para o problema dos desdentados do sudão fossem uns idiotas. se o ratm se limitasse a detonar sua ótima mistura de heavy, industrialismo e rap, teria sido uma experiência memorável. mas não, a banda tem que mostrar a que veio, afinal na platéia estão os lindberghs farias da vida. "vamos nos unir e acabar com a miséria! vamos tirar nossas tropas da somália!", gritava o vocalista zach de la rocha, para uma platéia que achava que somália era uma doença contagiosa. 
como esperado, o panfletarismo deu certo e a galera delirou. como o nine inch nails e henry rollins, em 91, e o ministry, no ano passado, o rage against the machine foi o campeão do ano.
mas só para o resto do público. se eu tivesse que votar, seria babes in toyland na cabeça. o trio de meninas sofreu com o tamanho babilônico do palco, mas deu o recado com raiva. nota oito.
depois foi a vez da palhaçada do século, o front 242. até que eu respeitava os caras. nunca deu para curtir muito o som, mas o visual parecia cool, bem típico de cidades industrializadas da europa. mas deu uma louca nas figuras e eles subiram ao palco parecendo o village people, com uns shortinhos de chacrete enfiados no okotô e presença de palco aeróbica. me lembrou o verão vivo do luciano do valle, com um monte de musculosos dançando no palco e milhares de seres estupefatos em volta. pelo menos foi engraçado.
a banda seguinte, arrested development, agradou. o vocalista speech, entre um e outro discurso sobre união das raças e amor entre irmãos, soltou os hits tennessee e people everyday e a galera deixou cair. o bole-bole, o telecoteco e o balacobaco tomaram conta do lugar.
a alegria contagiante do show do arrested não se repetiu durante a apresentação do fishbone. apesar de sua música suingada, ideal para levantar a massa, o som embolado atrapalhou, e ninguém se ligou muito. o grupo bem que tentou incentivar, dando uns stage-dives acrobáticos, mas não adiantou.
agora, chato mesmo foi o dinosaur jr. a banda tem uma presença de palco digna do garoto da bolha de plástico e não fala um oi para a platéia. em um lugar menor tudo bem, mas no lollapalooza foi um desastre.
o alice in chains foi o oposto do dinosaur jr.: os caras estão acostumados a tocar em estádios e sabem comandar a massa. tocaram com competência e deixaram os metaleiros em êxtase. 
o final foi um cubo de gelo: o primus, inexplicavelmente escalado para fechar o festival (dizem que o alice in chains é que deveria fechar, mas não quis), fez um show que foi uma exibição inútil de virtuosismo. tudo bem, o baixista les claypool é realmente o rei da cocada preta, toca um instrumento de 45 cordas com a velocidade do speed racer, é uma brasa. mas lugar de fenômeno é no "acredite se quiser". no palco, eles tem que ser energéticos, tocar com vontade, sacudir o povão. e não fizeram nada disso. ainda tiveram a petulância de tocar um cover do ministry, "thieves", que deixou o baixista paul barker (por coincidência minha carona de volta à cidade) revoltado. ele ficou tão possesso que quis sair antes do bis. acho que não perdemos muito.

zzzzzz.

Wednesday, November 23, 2011

baú: sobre o STP na revista BIZZ em 93

essa é do fundo do baú. encontrei uma coleção de revista bizz dos anos 90. na sessão "lançamentos" tem uma crítica sobre o primeiro álbum do stone temple pilots, o core. é engraçado ver como cada geração recebe as novidades de sua época. veja aí.

Não faz a mínima diferença que o quarteto Stone Temple Pilots seja procedente do eixo californiano San Diego/Los Angeles. Apesar do seu relativo punch, Core é grunge cuspido e escarrado, ardilosamente arquitetado para vender horrores e ajudar a despachar o "modelo alternativo" de Seattle para o inferno de uma vez por todas. Se os caras já haviam grudado na telinha da MTV com o "sub-aliceinchainiado" hit "Sex Type Thing", esperem só para ver quando alguém descobrir que o vocalista Leyland é capaz de assobiar e chupar cana ao mesmo tempo. Ou melhor: de imitar Eddie Vedder e Kurt Cobain simultaneamente nas baladas "Creep" e "Plush". Com esses artifícios, o STP tem tudo para ser o hype do ano. Resta saber por quanto tempo os rapazes terão fôlego para "Segurar Tamanho Plágio".  ARTHUR G. COUTO DUARTE.

nota: repare na junção dos nomes Layne Staley (vocalista do AIC) e Scott Weiland (STP) formando o nome Leyland. além da brincadeirinha com o nome da banda "Segurar Tamanho Plágio". STP. engraçadinho o moço, né?