eric reed boucher, mais conhecido como jello biafra. nascido em 1958. foi somente a voz do dead kennedys. sempre curti, mas foi algo que fui aprendendo a apreciar com o tempo. uma das bandas mais importantes do movimento punk e os pais do que hoje chamamos de hardcore. no último sábado, dia 24, jello biafra e sua banda the guantanamo school of medicine se apresentaram no beco 203, na augusta. a casa nem estava tão cheia como imaginei que estaria. fiquei ali, do lado esquerdo, quase sentado no palco. eu, enio e monica. tenta imaginar esse cara ao vivo. aos seus 54 anos stage diving na galera. agora imagina eu ouvindo clássicos como california uber alles, holiday in cambodia e too drunk to fuck. catarse coletiva!
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Tuesday, March 27, 2012
Tuesday, March 13, 2012
jello biafra and the guantanamo school of medicine - the audacity of hype [2009]
the audacity of hype é uma paródia com o nome do livro que barack obama lançou em 2006: the audacity of hope. acho dead kennedy's muito foda e jello biafra um baita de um frontman. numa conversa com amigos fiquei sabendo que ele estará fazendo show aqui em sampa no próxima dia 24 de março com sua banda jello biafra and the guantanamo school of medicine. esse álbum é de 2009 e contou com billy gould do faith no more no baixo. ano passado lançaram o segundo: enhanced methods of questioning. eu já tô fazendo um esquenta.
track listing: 1. the terror of tinytown / 2. clean as a thistle / 3. new feudalism / 4. panic land / 5. electronic plantation / 6. three strikes / 7. strength thru shopping / 8. pets eat their master / 9. i won´t give up
jello biafra and the guantanamo school of medicine
24 de março de 2012 - sábado às 19h
local: beco 203 sp (rua augusta, 609)
segundo lote: 80 pilas
Friday, December 09, 2011
baú: lollapalooza '93
mais uma do baú. uma revista bizz da época que a moeda ainda era CR$. essa edição fala sobre o lollapalooza de 93, quando o lolla ainda era um travelling festival por terras norte-americanas. na época dois palcos - main stage e side stage. no segundo, várias bandas desconhecidas (pelo menos pra mim) que nem vou citar. o tool (umas das minhas bandas favoritas) foi uma delas. já no main stage o lineup foi o seguinte e nessa ordem: rage against the machine, babes in toyland, front 242, arrested development, fishbone, dinosaur jr., alice in chains e primus. a matéria é longa e o moço da revista que foi até chicago conferir o festival traçou várias comparações com o do ano anterior, o de 92. também ensaiou uma resposta à pergunta "o big business devorou o submundo, ou o underground que virou um grande negócio?", mas não conseguiu responder. enfim, vou reproduzir aqui um trecho que ele comenta sobre as bandas e suas performances e você fica com um pouco de história desse festival que começou em 91.
Por André Barcinski.
o primeiro a subir no palco foi rage against the machine. São quatro caras de los angeles, metidos a ativistas políticos. nada contra, é de se admirar pessoas que levam política a sério. o problema é quando tentam dar lição de moral, como se todas as pessoas que não estão nem aí para o problema dos desdentados do sudão fossem uns idiotas. se o ratm se limitasse a detonar sua ótima mistura de heavy, industrialismo e rap, teria sido uma experiência memorável. mas não, a banda tem que mostrar a que veio, afinal na platéia estão os lindberghs farias da vida. "vamos nos unir e acabar com a miséria! vamos tirar nossas tropas da somália!", gritava o vocalista zach de la rocha, para uma platéia que achava que somália era uma doença contagiosa.
o primeiro a subir no palco foi rage against the machine. São quatro caras de los angeles, metidos a ativistas políticos. nada contra, é de se admirar pessoas que levam política a sério. o problema é quando tentam dar lição de moral, como se todas as pessoas que não estão nem aí para o problema dos desdentados do sudão fossem uns idiotas. se o ratm se limitasse a detonar sua ótima mistura de heavy, industrialismo e rap, teria sido uma experiência memorável. mas não, a banda tem que mostrar a que veio, afinal na platéia estão os lindberghs farias da vida. "vamos nos unir e acabar com a miséria! vamos tirar nossas tropas da somália!", gritava o vocalista zach de la rocha, para uma platéia que achava que somália era uma doença contagiosa.
como esperado, o panfletarismo deu certo e a galera delirou. como o nine inch nails e henry rollins, em 91, e o ministry, no ano passado, o rage against the machine foi o campeão do ano.
mas só para o resto do público. se eu tivesse que votar, seria babes in toyland na cabeça. o trio de meninas sofreu com o tamanho babilônico do palco, mas deu o recado com raiva. nota oito.
depois foi a vez da palhaçada do século, o front 242. até que eu respeitava os caras. nunca deu para curtir muito o som, mas o visual parecia cool, bem típico de cidades industrializadas da europa. mas deu uma louca nas figuras e eles subiram ao palco parecendo o village people, com uns shortinhos de chacrete enfiados no okotô e presença de palco aeróbica. me lembrou o verão vivo do luciano do valle, com um monte de musculosos dançando no palco e milhares de seres estupefatos em volta. pelo menos foi engraçado.
a banda seguinte, arrested development, agradou. o vocalista speech, entre um e outro discurso sobre união das raças e amor entre irmãos, soltou os hits tennessee e people everyday e a galera deixou cair. o bole-bole, o telecoteco e o balacobaco tomaram conta do lugar.
a alegria contagiante do show do arrested não se repetiu durante a apresentação do fishbone. apesar de sua música suingada, ideal para levantar a massa, o som embolado atrapalhou, e ninguém se ligou muito. o grupo bem que tentou incentivar, dando uns stage-dives acrobáticos, mas não adiantou.
agora, chato mesmo foi o dinosaur jr. a banda tem uma presença de palco digna do garoto da bolha de plástico e não fala um oi para a platéia. em um lugar menor tudo bem, mas no lollapalooza foi um desastre.
o alice in chains foi o oposto do dinosaur jr.: os caras estão acostumados a tocar em estádios e sabem comandar a massa. tocaram com competência e deixaram os metaleiros em êxtase.
o final foi um cubo de gelo: o primus, inexplicavelmente escalado para fechar o festival (dizem que o alice in chains é que deveria fechar, mas não quis), fez um show que foi uma exibição inútil de virtuosismo. tudo bem, o baixista les claypool é realmente o rei da cocada preta, toca um instrumento de 45 cordas com a velocidade do speed racer, é uma brasa. mas lugar de fenômeno é no "acredite se quiser". no palco, eles tem que ser energéticos, tocar com vontade, sacudir o povão. e não fizeram nada disso. ainda tiveram a petulância de tocar um cover do ministry, "thieves", que deixou o baixista paul barker (por coincidência minha carona de volta à cidade) revoltado. ele ficou tão possesso que quis sair antes do bis. acho que não perdemos muito.
zzzzzz.
Tuesday, November 15, 2011
"shit lives forever" - faith no more
endiabrado! insano! eu ainda estou perplexo com o show do faith no more encerrando o swu de 2011. transcrevi aqui o discurso de abertura do show feito pelo poeta pernambucano cacau gomes.
meu nome é cacau gomes. sou poeta, agitador cultural e traficante de livros. modéstia a parte, venho lá de pernambuco. cunhado não é parente. apurado não é lucro. nem tudo que ronca é porra de rock! nem todo doido é maluco! porra, caraio! porra, caraio! quando eu nasci, um anjo doido me disse: "viverás no lugar errado pra fazer a coisa certa". cansado de reclamar, porra, caraio, juntei livros durante quinze anos e fiz uma biblioteca. hoje nós temos um acervo de vinte mil livros. é livro pra caraio! atividades com música, poesia, literatura, artesanato e outros nichos. apesar de tudo isso, fecharam nossa biblioteca. mas eles não sabem que o artista é feito com a mesma matéria prima do rabo da lagartixa. quando eu voltar pra recife, vou reabrir a biblioteca. a arte e a cultura não podem morrer. puta que pariu! o trabalho social é um esporte coletivo. esqueçam de reclamar. o governo não se importa conosco. puta que pariu! cada livro é uma carta de alforria. começa com você! e agora, porra, caraio, faith no more!
"shit lives forever" é um trecho da música cuckoo for caca. praticamente um momento histórico pra música em terras brasileiras.
setlist: 1. delilah / woodpecker from mars 2. from out of nowhere 3. last cup of sorrow 4. caffeine 5. evidence (portuguese version) 6. midlife crisis 7. cuckoo for caca 8. easy 9. surprise! you're dead! 10. ashes to ashes 11. the gentle art of making enemies 12. king for a day 13. epic 14. just a man (com o coral de heliópolis)
encore: 15. unknown 16. digging the grave 17. this guy's in love with you.
Monday, November 07, 2011
esquenta pro swu
onze bandas no lineup, isso somente no dia 14 e no palco principal. uma jornada. haja pique! mas vamos lá, pouquíssimas vezes fiquei empolgado com um festival. ver down, primus, stone temple pilots e alice in chains e de quebra ainda assistir raimundos, sonic youth, megadeth e faith no more?! vamos admitir, não acontece com frequência. não conheço nada, ou conheço pouco, das outras três bandas que completam o lineup: duff mckagan's loaded, black rebel motorcycle club e 311. nos últimos anos tenho escutado essas bandas com bastante frequência. o trio alice in chains, megadeth e faith no more eu conheço desde quando comecei a curtir rock, no início dos anos 90 e com exceção de alice in chains (não fui naquele hollywood rock e perdi a oportunidade de ver layne staley ao vivo) as outras duas já vi nos palcos. stone temple pilots talvez seja minha maior empolgação. fui daqueles fãs que conheceu a banda por causa das comparações com pearl jam que rolavam na época. cheguei até a adquirir alguns álbuns, mas virei fã mesmo alguns anos atrás quando ouvi o purple com mais calma. e é justamente duas músicas desse álbum que quero ouvir ao vivo no swu: vasoline e unglue. primus é outra banda que conhecia somente os greatest hits e fui baixar discografia completa e ouvir tudo, e curtir muito, de uns três anos pra cá. down é a surpresa do festival pra mim. nunca achei que fosse ver phil anselmo ao vivo novamente, depois que o pantera acabou. e orfão de pantera, comecei a ouvir down com mais frequência e, surpresa, vou ver ao vivo também. no dia 13 eu vou no show do kyuss aqui em sampa. seria perfeito se pudesse encaixar o kyuss nesse festival e pra ficar lindo, o tool! o lineup perfeito seria esse: kyuss, tool, down, primus, megadeth, stone temple pilots, alice in chains e faith no more. ah vá, vamos colocar mais duas aí já que é pra brincar: pearl jam e soundgarden. pronto! dá até pra acabar esse post. fique aqui com a looking in view, do mais recente álbum do alice in chains: black gives way to blue.
Friday, November 04, 2011
they're whipping, ah... they're whipping
"don't need a helmet, got a hard, hard head. don't need a raincoat i'm already wet" é um trecho da música whipping, do terceiro álbum chamado vitalogy. a música estava na minha cabeça desde quando a alexandra me convidou para assistir ao show da turnê de 20 anos do pearl jam. fãs como somos, não poderíamos deixar de ir. muitas coisas mudaram. eddie vedder já não dá mais seus famosos moshs como nas turnês do álbum ten, tampouco escala a estrutura do palco até o topo enquanto a banda viaja em longas improvisações. o show começou com release, o que pra mim foi uma péssima escolha. show tem que começar com tudo. tinha muita música que poderiam ter escolhido pra abrir e que nem chegaram a tocar entre as 26 músicas que tocaram. breakerfall, go, jeremy, brain of j. a expectativa é que essas músicas sejam tocadas hoje, na segunda noite aqui em são paulo. no entanto, continuam agradando e levantando fãs quando tocam seus principais hits. isso sem falar da performance de mike mccready na guitarra. o cara é sensacional. destaque para a imagem em preto e branco no telão e o fundo do palco na primeira parte do show. depois daqui, o pearl jam segue para o rio, curitiba e porto alegre. veja abaixo o setlist do show da primeira noite, dia 3 de novembro.
O repertório completo, com todas as músicas tocadas pelo Pearl Jam no show em São Paulo, é o seguinte: "Release", "Corduroy", "Why Go", "Animal", "World Wide Suicide", "Got Some", "Even Flow", "Unthought Known", "Whipping", "Daughter", "Olé", "Down", "Save You", "The Fixer", "Do The Evolution" e "Porch". Houve a primeira pausa, e então veio o primeiro Bis: "Elderly Woman Behind the Counter in a Small Town", "Just Breathe", "Come Back", "I Believe in Miracles" e "Alive". Mais um Bis, e... "Comatose", "Black", "Better Man", "Rearviewmirror" e "Rockin' in the Free World".
Sunday, October 02, 2011
if you want the answers you better get ready for the fire - SOAD
system of a down levantou a galera e toda poeira da chácara do jockey em são paulo na primeira apresentação da banda aqui no brasil. parecia até tempestade de areia no deserto. deu vontade de seguir a banda e ver a outra apresentação que acontece essa noite no rock in rio. um dos melhores shows que já fui. com um setlist impecável a banda tocou sem parar por quase duas horas. o repertório incluiu músicas de todos os álbuns e agradou a todos. não teve nenhuma música que não foi cantada por todas as 18 mil pessoas que compareceram ao show. e pensar que quase perdi, não fosse meu amigo takashi que me convidou de última hora. com direito a furar fila sem querer e não ter que esperar por horas na entrada. a chuva que ameaçou cair minutos antes da banda entrar no palco chegou somente no final. e caiu bonita.
Thursday, June 16, 2011
above - mad season [1995]
um dia saí do local onde trabalhava no bairro da luz e fui andando até a galeria do rock. de lá saí com essa pérola, above, do mad season. saí com o cd no discman e fui andando até um consultório onde tinha uma consulta médica marcada, em higienópolis. não vou esquecer a subida da av. angélica ao som da faixa #9 november hotel. nunca!
vocais de layne staley (alice in chains) e guitarras de mike mccready (pearl jam) dificilmente não dariam um bom prato. aí você pega john baker saunders (the walkabouts) no baixo e barrett martin (screaming trees) na batera. prato delicioso! depois de ler essa resenha do blog hangover-music você não precisa saber de mais nada, só ouvir o álbum. o supergrupo só fez poucos shows. logo após layne e barrett se complicaram ainda mais com drogas e morreram. deixo um registro ao vivo da faixa #8, long gone day. com participação de mark lanegan (screaming trees) nos vocais e nalgas sin carne no saxofone. brise no saxofone!
Monday, May 09, 2011
david letterman live sessions - foo fighters
primeiro, as apresentações ao vivo no letterman late show são maravilhosas. muitas bandas boas já passaram por lá pra divulgarem os mais recentes trabalhos e é sempre ducaraio. segundo, o dave grohl é um deus. depois de ser o batera de uma das melhores bandas da história do rock, o cara, depois de 17 anos, ainda faz um som de presença e com muita qualidade. na batera? não. na guitarra e no vocal.
esse show que estou postando foi gravado no dia 12 de abril desse ano. tá em preto e branco, lindo! arlandria é a minha favorita do novo álbum do foo fighters (wasting light) o sétimo da banda.
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