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Tuesday, December 13, 2011

baú: cobain em cana

estou tirando várias coisas do baú. achei essa reportagem também, da mesma revista bizz de 93. aí vai.

Kurt Cobain pegou algumas horas de cana por dar uns tabefes em sua adorável (#not) esposa, Courtney Love. A barra dele ainda ficou mais suja porque a polícia de Seattle encontrou três armas e uma grande quantidade de munição em sua casa. Courtney defendeu o marido, dizendo que as marcas em seu braço e pescoço teriam sido provocados pelas cordas de sua guitarra. "Kurt e eu raramente brigamos. Ninguém poderia encontrar melhor marido. Ele é um verdadeiro feminista", declarou para a NME, dando um exemplo do modo com o qual as mulheres devem se portar nessa situação. Enquanto isso continua o bafafá sobre o novo disco do grupo. O produtor e rei do mau-humor Steve Albini diz que "a Geffen e os empresários da banda odiaram o disco, não acredito que ele venha a ser lançado." Cobain negou a boataria em carta à Newsweek, dizendo "temos controle total sobre nossa música". A Geffen confirma o lançamento do já polêmico álbum para o dia 18 de setembro. Deve se chamar In Utero.

aproveita que você chegou até aqui e leia:


I'm very ape and very nice... [Nirvana - In Utero - 1993]

Friday, December 09, 2011

baú: lollapalooza '93

mais uma do baú. uma revista bizz da época que a moeda ainda era CR$. essa edição fala sobre o lollapalooza de 93, quando o lolla ainda era um travelling festival por terras norte-americanas. na época dois palcos - main stage e side stage. no segundo, várias bandas desconhecidas (pelo menos pra mim) que nem vou citar. o tool (umas das minhas bandas favoritas) foi uma delas. já no main stage o lineup foi o seguinte e nessa ordem: rage against the machine, babes in toyland, front 242, arrested development, fishbone, dinosaur jr., alice in chains e primus. a matéria é longa e o moço da revista que foi até chicago conferir o festival traçou várias comparações com o do ano anterior, o de 92. também ensaiou uma resposta à pergunta "o big business devorou o submundo, ou o underground que virou um grande negócio?", mas não conseguiu responder. enfim, vou reproduzir aqui um trecho que ele comenta sobre as bandas e suas performances e você fica com um pouco de história desse festival que começou em 91.

Por André Barcinski.

o primeiro a subir no palco foi rage against the machine. São quatro caras de los angeles, metidos a ativistas políticos. nada contra, é de se admirar pessoas que levam política a sério. o problema é quando tentam dar lição de moral, como se todas as pessoas que não estão nem aí para o problema dos desdentados do sudão fossem uns idiotas. se o ratm se limitasse a detonar sua ótima mistura de heavy, industrialismo e rap, teria sido uma experiência memorável. mas não, a banda tem que mostrar a que veio, afinal na platéia estão os lindberghs farias da vida. "vamos nos unir e acabar com a miséria! vamos tirar nossas tropas da somália!", gritava o vocalista zach de la rocha, para uma platéia que achava que somália era uma doença contagiosa. 
como esperado, o panfletarismo deu certo e a galera delirou. como o nine inch nails e henry rollins, em 91, e o ministry, no ano passado, o rage against the machine foi o campeão do ano.
mas só para o resto do público. se eu tivesse que votar, seria babes in toyland na cabeça. o trio de meninas sofreu com o tamanho babilônico do palco, mas deu o recado com raiva. nota oito.
depois foi a vez da palhaçada do século, o front 242. até que eu respeitava os caras. nunca deu para curtir muito o som, mas o visual parecia cool, bem típico de cidades industrializadas da europa. mas deu uma louca nas figuras e eles subiram ao palco parecendo o village people, com uns shortinhos de chacrete enfiados no okotô e presença de palco aeróbica. me lembrou o verão vivo do luciano do valle, com um monte de musculosos dançando no palco e milhares de seres estupefatos em volta. pelo menos foi engraçado.
a banda seguinte, arrested development, agradou. o vocalista speech, entre um e outro discurso sobre união das raças e amor entre irmãos, soltou os hits tennessee e people everyday e a galera deixou cair. o bole-bole, o telecoteco e o balacobaco tomaram conta do lugar.
a alegria contagiante do show do arrested não se repetiu durante a apresentação do fishbone. apesar de sua música suingada, ideal para levantar a massa, o som embolado atrapalhou, e ninguém se ligou muito. o grupo bem que tentou incentivar, dando uns stage-dives acrobáticos, mas não adiantou.
agora, chato mesmo foi o dinosaur jr. a banda tem uma presença de palco digna do garoto da bolha de plástico e não fala um oi para a platéia. em um lugar menor tudo bem, mas no lollapalooza foi um desastre.
o alice in chains foi o oposto do dinosaur jr.: os caras estão acostumados a tocar em estádios e sabem comandar a massa. tocaram com competência e deixaram os metaleiros em êxtase. 
o final foi um cubo de gelo: o primus, inexplicavelmente escalado para fechar o festival (dizem que o alice in chains é que deveria fechar, mas não quis), fez um show que foi uma exibição inútil de virtuosismo. tudo bem, o baixista les claypool é realmente o rei da cocada preta, toca um instrumento de 45 cordas com a velocidade do speed racer, é uma brasa. mas lugar de fenômeno é no "acredite se quiser". no palco, eles tem que ser energéticos, tocar com vontade, sacudir o povão. e não fizeram nada disso. ainda tiveram a petulância de tocar um cover do ministry, "thieves", que deixou o baixista paul barker (por coincidência minha carona de volta à cidade) revoltado. ele ficou tão possesso que quis sair antes do bis. acho que não perdemos muito.

zzzzzz.

Wednesday, November 23, 2011

baú: sobre o STP na revista BIZZ em 93

essa é do fundo do baú. encontrei uma coleção de revista bizz dos anos 90. na sessão "lançamentos" tem uma crítica sobre o primeiro álbum do stone temple pilots, o core. é engraçado ver como cada geração recebe as novidades de sua época. veja aí.

Não faz a mínima diferença que o quarteto Stone Temple Pilots seja procedente do eixo californiano San Diego/Los Angeles. Apesar do seu relativo punch, Core é grunge cuspido e escarrado, ardilosamente arquitetado para vender horrores e ajudar a despachar o "modelo alternativo" de Seattle para o inferno de uma vez por todas. Se os caras já haviam grudado na telinha da MTV com o "sub-aliceinchainiado" hit "Sex Type Thing", esperem só para ver quando alguém descobrir que o vocalista Leyland é capaz de assobiar e chupar cana ao mesmo tempo. Ou melhor: de imitar Eddie Vedder e Kurt Cobain simultaneamente nas baladas "Creep" e "Plush". Com esses artifícios, o STP tem tudo para ser o hype do ano. Resta saber por quanto tempo os rapazes terão fôlego para "Segurar Tamanho Plágio".  ARTHUR G. COUTO DUARTE.

nota: repare na junção dos nomes Layne Staley (vocalista do AIC) e Scott Weiland (STP) formando o nome Leyland. além da brincadeirinha com o nome da banda "Segurar Tamanho Plágio". STP. engraçadinho o moço, né?