Friday, December 14, 2012

Pela Rodovia Transamazônica. [Mochilão #14]

BR-230 - Chapada das Mesas
A Rodovia Transamazônica (BR-230), é a terceira maior rodovia do país. Foi projetada durante a ditadura militar e é considerada uma obra faraônica devido a suas proporções gigantescas. Tem um trecho no Pará e no Amazonas que não é pavimentada. Na época da construção, os trabalhadores ficavam completamente isolados e sem comunicação por meses. Por não ser pavimentada nessa região, o trânsito é impraticável na época de chuvas, entre outubro e março. É bem nessa época que cá estou. Mas comecei minha aventura por ela em trechos bem melhores. Como alguns dizem: um tapete! De Imperatriz descendo pra Carolina, num trecho lindo, cortando a Chapada das Mesas. Ainda bem que fiz esse trecho durante o dia e pude ver a exuberância da Chapada mesmo antes de fazer meus passeios por ela. Carolina é uma cidade bem calma e cheia de bikes. Aliás, bike é o que não falta nessas cidades por onde tenho passado. É uma grande pena que na medida que o pessoal vai conseguindo dinheiro, vão trocando as bikes por motos. A quantidade de motos que tenho visto, mesmo em cidades planas de 10 mil habitantes, é um absurdo. A poluição sonora é horrível. Mas Carolina e Riachão, ainda no Maranhão e na Chapadas das Mesas, conservam aquela calma e silêncio de cidade pequena. Ambas com cerca de 30 mil habitantes, no máximo. Carolina é banhada pelo Rio Tocantins e é linda! De Carolina até Riachão leva mais ou menos 40 minutos. Consegui uma carona na estrada e consegui uma pousada bem na beira da Transamazônica. De lá fiz passeios por cachoeiras lindas da região, também de carona. É bem fácil pegar uma carona por essas bandas. Fui de moto num trecho de 30km, só na terra. Que minha mãe não saiba disso. Ainda pela BR-230, saí do estado do Maranhão e cruzei pro Piauí, parando na cidade de Floriano. Foi uma viagem longa de ônibus, parando em todas as cidadezinhas do caminho. 8 horas num trecho de quase 300km, mas era a única opção. O motorista era uma figura. Brincava com todos, cumprimentava todas as pessoas nos guichês das rodoviárias e sempre estava rindo e fazendo piadas. Em cada cidade que parávamos, ela anunciava com aquela voz de narrador de rodeio, fazendo algum comentário da cidade. E foi em Floriano, depois do anúncio "cidade de Floriano! Quem tem coragem?" que desembarquei. Só precisei de poucos minutos pra entender o anúncio. Essa te conto depois. 

1 comment:

cabelo said...

Ôa! Saudações Sandre!
Demorei pra perceber que já tinha começado aquele mochilão que tinha comentado que faria, que da hora mano! Estamos acompanhando tudo por aqui! Força e muita luz na caminhada por esse mundão!

;)