subversão. não pense que vou falar de vandalismo, de revolta gratuita, de inconformismo barato. se você pensa assim, está longe de entender o ponto de vista que vou colocar aqui. vivemos em sociedade. o homem é um ser social. se relaciona. essa sociedade é composta de toda uma estrutura e hierarquia de autoridades: governo, polícia, família, escola, religião e por aí vai. esse é o tal do sistema no qual vivemos. qualquer ato subversivo tem como objetivo destruir as bases da fé que temos no status quo, no atual estado de coisas, no sistema. é um ato de não-conformismo e a história tá cheia de exemplos de que isso muitas vezes não é em vão. a bicicletada é um ato subversivo. é óbvio que no meio das cerca de 500 pessoas que compareceram na bicicletada nacional de ontem, que aconteceu em várias cidades do brasil e até em caracas na venezuela, muitos pensam de maneira diferente. o protesto sobre duas rodas de ontem teve todos os elementos que gosto de ver numa bicicletada: die-ins (ciclistas deitados no chão com suas bikes para simbolizar acidentes e ciclistas mortos no trânsito) bike lifts (levantar a bike no ar com as mãos) pintura de "bicicletinhas" no asfalto (que é de obrigação da cet, como rege o artigo 24 do código de trânsito brasileiro). nos momentos do corking (que é bloquear os semáforos até que todas as bikes passem) os ciclistas aproveitaram para entregar panfletos e flores. você só vai saber o que é estar num evento desse, indo. subversão em duas rodas. e o trânsito? o trânsito somos todos nós.
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment