capivara e pedalare! [bike #19]

capivara é o apelido que demos para o rolê nas várzeas do tietê. pra quem não conhece, várzeas do tietê é uma ciclovia que vai da penha até o jardim helena, zona leste de são paulo. foi aí onde dei minhas primeiras pedaladas quando decidi voltar a andar de bike, antes de me aventurar pelas ruas a caminho do trabalho na vila matilde. pro chave-de-boca é como se fosse o quintal de casa. dessa vez, pedalando pela primeira vez com a gente, a amiga coritibana josiane. 

o ponto de encontro foi na ponte nordestino, na penha. pedalar por essa ciclovia é outra experiência. com exceção de pequenos trechos, não há carros por perto. é uma pena que o rio tietê esteja tão sujo. mesmo assim, passamos por lugares lindos, cheios de verde e animais. há patos, quatis, macacos, capivaras. tudo muito perto. e cada vez mais, muitos ciclistas. e pela primeira vez cruzamos com o pedalare! (veja o relato deles aqui). havia tempos que estávamos enrolando pra que esse encontro acontecesse, mas foi assim, de surpresa. todos juntos fomos tomar o tradicional café da manhã na padaria tom e jerry, no jardim helena. a prova taí ó: chave-de-boca e pedalare! tudo junto e misturado.

[bike #18] e outras coisas

junho é o mês do meio ambiente. por toda a cidade, mais do que nunca, muitas atividades acontecendo. eu nunca vi tanta movimentação em parques e nas ruas como tenho visto ultimamente. essa coisa de se trancar em casa, se trancar no carro, se trancar no seu condomínio ou seja lá o que for, me assusta um pouco. sou totalmente a favor da ocupação do espaço público, de pessoas nas ruas, de movimento.

o medo é o principal responsável pela violência. o medo dos outros, o medo de sua vida dar errado, o medo de estar sozinho. fico triste em ver amigos e família sendo dominados por esse medo. a clausura voluntária parece ser a única opção para essas pessoas. 

meu amigo hugo é responsável por um departamento da secretaria do verde e meio ambiente aqui na zona leste de são paulo. a foto acima é do dia 12 de junho. houve uma pedalada do parque ecológico até o parque jacuí (que ele organizou) com a participação do secretário do verde e meio ambiente. além dele, alguns guardas da gcm de bike, hugo, marcos, adriana, eu e mais meia dúzia de pessoas.

bike amarrada no poste no centro da cidade. cena cada vez mais comum. a cidade carece de bicicletários e paraciclos e o número de usuários de bike tem crescido. moro na região de são paulo onde mais se usa a bicicleta como meio de tranporte (pelo menos é o que dizem as estatísticas). mas aqui a bike é mais uma necessidade do que uma opção.

rolê #18. o plano era ir pedalando do jardim danfer até o metrô penha. depois pegar o metrô até a estação paraíso e descer até o pq. do ibirapuera. de lá, pedalar pela ciclofaixa cidade de são paulo (rolê que já fizemos e está aqui). logo no início, na av. assis ribeiro, marcos caiu por causa de um buraco na pista. mais pra frente, ainda na assis ribeiro, um poste caído na pista. e logo adiante, ainda na avenida, meu pneu murcha por causa de um problema no pino da câmara. eu não acredito em recado dos deuses, mas fiquei com raiva e voltei pra casa, melhor assim. adriana e marcos continuaram.

em casa tentando dar um jeito no pino. sem sucesso. coisa de amador. mas sempre se aprende algo nessas tentativas.

logo mais posto sobre o rolê #19 e o encontro com o pedalare!

on the set of singles [early snapshot #2]

singles foi um filme dirigido por cameron crowe (o da direita, abaixo) no começo da década de 90. o melhor do filme é a cena do bar onde aparece o alice in chains tocando it ain't like that. essa foto foi tirada durante as gravações do filme. na foto você vê jeff ament, baixista do pearl jam, que no filme era membro da banda fictícia citizen dick (com eddie vedder na batera). ao lado dele layne staley, ex-alice in chains. abaixo aqui na esquerda chris cornell (soundgarden e audioslave), e no meio o ator matt dillon, que no filme era o vocal da banda citizen dick. só os feras!

andrew wood [early snapshot #1]

não fosse a morte prematura de andrew wood talvez não fosse kurt cobain o principal ícone do grunge. é o que alguns dizem. andrew foi outro rockstar que morreu por overdose de heroína, bem no comecinho da década, em 1990. Com jeff ament e stone gossard, andrew wood era da banda mother love bone, que acabou logo após sua morte. um dos grandes amigos de andrew era chris cornell que com a participação de matt cameron, eddie vedder, jeff ament, stone gossard e mike mccready, formou o supergrupo temple of the dog como um tributo ao amigo. veja que na época o pearl jam nem tinha lançado o primeiro álbum ten.

class of '99 coverin' another brick in the wall

supergrupos são essas parcerias entre músicos renomados. penso que deve começar com aquela famosa jam session antes de lançarem algum trabalho. talvez o supergrupo mais foda nos dias de hoje seja them crooked vulture (dave grohl, josh homme e john paul jones). mas já tivemos muitos. eu mesmo já postei aqui o mad season. na mesma linha tem o class of '99, ali no finalzinho dos anos 90. class of '99, na época, me deu boas esperanças de rever layne staley na ativa, já que não gravava nada há tempos devido sua depedência de heroína. mas não durou poucas músicas. eu mesmo só conheço a cover de another brick in the wall, do pink floyd. pouco se encontra sobre o supergrupo na internet. foto? nenhuma. a cover foi parte da trilha sonora do filme the faculty (a prova final, em português). layne morreu em 2002.

class of '99:
layne staley - vocals (alice in chains)
tom morello - guitars (rage against the machine / audioslave)
stephen perkins - drums (jane's addiction)
martyn lenoble - bass (porno for pyros)

above - mad season [1995]

um dia saí do local onde trabalhava no bairro da luz e fui andando até a galeria do rock. de lá saí com essa pérola, above, do mad season. saí com o cd no discman e fui andando até um consultório onde tinha uma consulta médica marcada, em higienópolis. não vou esquecer a subida da av. angélica ao som da faixa #9 november hotel. nunca!

vocais de layne staley (alice in chains) e guitarras de mike mccready (pearl jam) dificilmente não dariam um bom prato. aí você pega john baker saunders (the walkabouts) no baixo e barrett martin (screaming trees) na batera. prato delicioso! depois de ler essa resenha do blog hangover-music você não precisa saber de mais nada, só ouvir o álbum. o supergrupo só fez poucos shows. logo após layne e barrett se complicaram ainda mais com drogas e morreram. deixo um registro ao vivo da faixa #8, long gone day. com participação de mark lanegan (screaming trees) nos vocais e nalgas sin carne no saxofone. brise no saxofone!

atropelamento e morte na avenida sumaré

quisera eu poder escrever somente sobre coisas boas. infelizmente, hoje fico entristecido pela morte do ciclista antonio bertolucci, de 68 anos. um misto de tristeza, desgosto, raiva. até chego a acreditar o quão patético é acreditar que as coisas podem melhorar. que poderemos viver em harmonia, que poderemos todos ocupar o espaço público de maneira feliz, celebrando a vida, todos os dias.

saiba mais sobre o caso, arrume um jeito de fazer o pouco que você pode:

vá de bike

outras vias

bicicletada

gata de rodas

photo loggin' [car wreckage]



jardim danfer. manhã do dia 8 de junho.



tá pedindo uma intervenção com spray, não é? faz um bocadinho de tempo que essa carcaça taí.

o tradicional e gostoso rolê da capivara [bike #17]

já pedalamos algumas vezes por essas paradas. o passeio que apelidamos de rolê da capivara (no último vimos uma grandona e gordona, o buda das capivaras como o cabelo apelidou) acontece pelas várzeas do rio tietê. a ciclovia começa na penha, bem próximo da ponte nordestina e vai até o jardim helena. uma boa parte do percurso vai paralelo à rodovia ayrton senna, passando pelo parque ecológico, centros de treinamento da portuguesa e do corinthians, usp leste, vários bairros da periferia da zona leste, parque jacuí até chegar ao jardim helena, passando pela nitroquímica. por aquela região tomamos nosso café da manhã na já parada tradicional de alguns grupos (como o pedalare!), a padaria tom & jerry. pedalar por aí é o ideal pra quem tá começando. pra nós, ficou aquele rolê sussa pra quando queremos pedalar de boa, trocando idéias e aproveitando a ciclovia, os parques e suas trilhas.

mas você que acompanha os rolês do chave-de-boca sabe que um passeio não fica só na tranquilidade. tem sempre algo que acontece. no último meu amigo marcos (eu juro que vou me aguentar e ser bonzinho com ele) me ligou quando estava saindo dizendo que seu pedal ainda não tinha sido consertado. pra encurtar a história, ele foi com a minha bike e eu fui com a bike do paulinho. (filho dele, ou melhor, filho da mulher dele. eu esqueci como se diz isso). você pergunta: por que ELE não foi com a bike do paulinho? eu respondo: ...

melhor continuar a história.

conheci o cabelo nas bicicletadas de são paulo. o mundo é pequeno. já havia trabalhado com sua mulher e agora estou trabalhando com a cunhada. aliás, de bike parece que o mundo é menor ainda. coincidências tem acontecido de monte nos rolês por aí. pensamos que nesse iríamos bater o recorde de participantes, mas fomos somente em 5: cabelo, marcos, ivan, adriana e eu.

boas lembranças do jardim helena. em 1996 quando tinha uma banda chamada hobgoblins, fizemos um show em uma dessas ruas, o primeiro com o ricardo no baixo.

ainda não descobrimos que bicho é esse.

só na expectativa para ver a rampagem do ivan na pista de cross do parque jacuí...

...

...

e aí?

sigamos com o relato.

tentei trazer um pouco de emoção para o rolê. foram cerca de 40km com a bicicletinha, eu tinha que fazer algo pra esquecer o banco duro e o joelho doendo. é, acho que não deu muito certo.

emoção mesmo foi ver a reação do cabelo ao ver a "matilha" de quatis nas trilhas do parque ecológico.

e lógico, as "performances" de ivan. olha o lago ali do lado.

como é que a adriana aguenta esses caras, hein?

arte e bicicleta

apesar de curtir, conhecia bem pouco do assunto. somente noções gerais em conversas com amigos e participação em algumas oficinas e coisas do tipo. através da bicicleta conheci pessoas que se proporam a fazer uma oficina de silk e stencil voltada para material de divulgação da bike. muito bacana a idéia e rolou bem legal. mas a emoção pura foi voltar da móoca pro danfer à noite, sem iluminação na bike e com um frio de 10 graus de bater os dentes.

valeu cabelo, aleba e labadia pela iniciativa. o rango também estava da hora.